sábado, 30 de abril de 2011

Recito-te um poema





Agarro um poema

Recito-te

Com voz de mel

Olhar de volúpia

E seda na pele



Cecilia Rodrigues

sábado, 5 de março de 2011

Digo-te

Digo-te isto sem mágoas ou temor
Sem glórias sem dor da desilusão
Apenas em meu peito abrigo o amor
Divago as vozes do meu coração

Arestas me tomam quando ao sol-pôr
Incertezas dominam este chão
Mendigo luzes aos céus, por favor!
A palavra, o caminho, o meu guião!

Não te sei dizer ao certo a palavra
A palavra mais exacta, esta larva,
Sem ferir tuas quimeras de cristal

As heras criam raízes profundas
Criam poema sem dores ou lacunas
Sou hera moribunda, não leves a mal!


Cecília Rodrigues - 2011